Mostrar mensagens com a etiqueta caju. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta caju. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Ontem não comentei, porque estava com o tableto..., por Armando Guterres

Armando Guterres
27/04/2019

Ontem não comentei, porque estava com o tableto. 
Agora com o computador ... dá para ler num lado a publicação do Paulo Lopes e comentar noutro.
Suponho que foi uma secção que voltou à Mataca, com a berliet.
Se ficámos em Macomia para irmos para a ponte Muagamula, nunca poderia ser do 1.º pelotão.
Só a ponte maior, de duas, é que foi deitada abaixo.
O problema foi resolvido - passando no leito do rio, do lado mais baixo do terreno. 
Ali o terreno era mais arenoso. 
Na outra ponte era mais pedra, portanto mais difícil de escavar.


Se tu foste para para a apanha do caju, eu fui, com a outra metade do pelotão, para a ponte Muagamula.


Confirmo com:
Uma vez, em que se falava que iriam colocar uma balança industrial, no Metoro (cruzamento da Viúva), perguntei ao Subtil: "Quem é que pagas a mina, para eles deitarem aquilo abaixo?"
- Citando o mesmo: Comprava uma viatura de carga (3500 KG). Ia carregada de caju [ele é que pesava e fazia o preço] para Nampula. 
Regressava carregada de produtos para vender no bar e na cantina, sem esquecer o quartel. 
A meio do terceiro regresso a viatura estava paga. 
A partir daí era só lucro.

Naturalmente, poderei estar enganado ... basta uma justificação.

- Foto da pequena, não encontro a foto da grande, dos Sapadores da CCS.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

OPERAÇÃO “CAJU”..., por Rui Briote



Rui Briote
 para 
2019/02/05

Boa tarde Amigos!
Dedico este relato, em muito simples em especial aos que me acompanharam nesta operação.

Um abraço a todos
OPERAÇÃO “CAJU”

Resultado de imagem para cajueiro chai

Na época da apanha do caju, fruto muito saboroso e muito apetecido, lá estávamos nós prontos a colaborar “voluntariamente” para alguns interesses económicos.

Resultado de imagem para caju


O dia, para o meu pelotão de alinhar para esse fim, chegou para ir fazer proteção a um grupo de homens e mulheres indígenas.
Logo de manhã cedo , começámos a caminhar pela mata, em busca do tal fruto. 
Tropa à frente e à retaguarda para proteger o pessoal que iria fazer esse serviço a troco dum “naco” de arroz ou outro produto, que seria entregue ao "cantineiro" e daí, seria espalhado pelos muito interessados no saboroso aperitivo.


Não foi necessário muito tempo até encontrar cajueiros.
Parámos, e fizemos um círculo, enquanto o “ saque” era feito.

Já ao cair da noite, tivemos que “ acampar”.
Feito um círculo, género ovo estrelado, em que neste caso, a gema era maior que a clara, pois a clara éramos nós tropa a fechar o círculo para proteger os “saqueadores” que formavam uma grande gema....

Resultado de imagem para cajueiro arvore

Lá nos pusemos a "xonar", devidamente protegidos por alguns sentinelas atentos ao menor caso inesperado.

Seriam 4 ou 5 da madrugada, quando fui acordado, pois uma grávida decidiu dar à luz.
Era preciso água e, lá fui eu pedir esse precioso líquido aos meus soldados.

Findo esse processo, dirigi-me à parturiente com o enfermeiro.
A entrada na “ sala de parto”, formado pelas mulheres, foi-me vedado.
Era “ negócio” só para fêmeas.
Perante tal situação lá fui novamente descansar.

Mal começou o dia a clarear, pedi um helicóptero para a evacuação.
Para que fosse possível aterrar, houve necessidade de abrir uma clareira, trabalho extra com que não contávamos.
Depois de feita a improvisada pista, pouco tempo passou até começar a ouvir-se o barulho dum T6 que fazia proteção ao hélio.
Por rádio , lá fomos comunicando e o bicho aterrou suavemente.
Logo saíram dois maqueiros com a respectiva maca para ir buscar a parturiente e, qual o meu espanto, quando a vejo, calmamente, a caminhar em direção à ave voadora.
Fiquei de boca aberta, pois nunca tinha visto tal na minha ainda curta experiência.
Continuamos depois normalmente a apanha noutro local, esperando que nada de anormal sucedesse.

Resultado de imagem para caju

Ao fim de três dias lá regressámos ao quartel. 
Fiz o relatório e enviei-o para o Comando. 
Poucos dias depois tive que ir a Macomia e, que lá cheguei, fui chamado ao gabinete do Comandante. 
Com cara de poucos amigos, questionou-me o porquê de ter pedido a evacuação da parturiente, questão à qual eu respondi que se tratava dum ser humano.

Vociferou e ameaçou-me dar uma “porrada”, mas não passou do ameaço....

Resultado de imagem para cajueiro moçambique

terça-feira, 11 de abril de 2017

OS CHEIROS OU ODORES, por Duarte Pereira


OUTRO TEXTO APANHADO AO SR DUARTE.

OS CHEIROS OU ODORES



QUEM PASSOU MAIS DE DOIS ANOS "NAQUELA TERRA" NÃO PODERÁ ESQUECER....


A CHUVA NO MATO, NOS CAMUFLADOS, O PEIXE SECO, DO SUOR, DA FALTA DE BANHO, DAS POPULAÇÕES RESIDENTES.
 
NÃO ESQUECENDO O DA GASOLINA E GASÓLEO DAS VIATURAS, DOS SORTUDOS, O DO SEXO.

QUEM TEVE A OPORTUNIDADE COMO EU, DE OUVIR, VER, CHEIRAR E BANHAR O OCEANO ÍNDICO.

NEM QUERO FALAR DO CHEIRO DO FRANGO À "CAFREAL", DO PEIXE E JAVALI, FRITOS OU ASSADOS.



DOS PETISCOS DO PRIMEIRO SARGENTO SILVA QUE FOI DE CASTIGO PARA O ALTO DA PEDREIRA. 

PENA O CASTIGO NÃO TER SIDO TODOS OS MESES DA COMISSÃO. 
SERIA BOM PARA ELE E PARA TODOS OS QUE FORAM "ABENÇOADOS" COM CASTIGO NA NOSSA COMPANHIA E COM A NOSSA COMPANHIA FORA DE PORTAS.
 
APANHEI UMA CHUVADA DAS GRANDES, ACHO QUE FIQUEI CONSTIPADO SEM CHEIRO OU ODOR.


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Na apanha do Caju II, por Paulo Lopes

 
Se eu tivesse colocado isto ou todo o capítulo verias que isso foi na sequência de mais uma coluna Mataca / Macomia e sei que nessa altura Armando Guterres, eras tu que comandavas o grupo que depois foi substituir o meu na apanha do Caju!
 
 
Provavelmente o gajo fez-te ir dar uma voltinha quando estavas no quartel e eu na apanha do caju!
 
Mas eu passo essa parte do livro:
...................................................................................................
Estava a refrescar-me um pouco com um banho de água, que não lavava nada, quando me vieram chamar para que fosse ao gabinete do Comando.
Quando cheguei já la estavam os furrieis Guterres, Almas e o alferes Louçã.
Este ultimo disse:
— Amanhã temos coluna.
As pontes já estão consertadas.
Não sei como nem porquê, mas essa tarefa coube a Macomia!
 

— A saída, como de costume era às quatro e meia da manhã, portanto providenciem para que o vosso pessoal se encontre preparado a horas.
Mas atenção! prosseguiu: — Preparem-se para outra missão.
Esta coluna é só de ida.
A volta fica para mais tarde!
De Macomia, vamos de imediato seguir para outras paragens, julgo eu para fazer proteção à apanha do caju.


— Por quanto tempo? —Perguntou um de nós como se a quantidade daqueles próximos dias tivessem algo de extrema importância.
— Penso que será até ao fim do mês, mas é melhor contar com vinte ou vinte e cinco dias. Respondeu o alferes continuando: —Isto são ordens do major e como sabem, nunca se sabe o que vai sair daquela cabecinha!!

in "Memórias dos Anos Perdidos ou a Verdade dos Heróis"
paulo lopes

quinta-feira, 26 de junho de 2014

As Comadres foram ao SERENGETI, por Duarte Pereira


AI.
ONTEM!!!
ONTEM!!!

ONTEM FOI DIA DE IRMOS AO SERENGETI.


ACHAMOS QUE SÓ AQUELE PARQUE DE ANIMAIS É MAIOR QUE O ALENTEJO TODO.

BICHOS GRANDES E PERIGOSOS....
O NOSSO JEEP ERA FORTE, MAS TIVEMOS MUITO MEDO.
UM RINOCERONTE ESTEVE MESMO PERTO DE NÓS E COM MAUS MODOS E SÓ SE FOI EMBORA QUANDO EU DISSE QUE ÉRAMOS AMIGAS DO GILBERTO PEREIRA.



O CALOR É ESTRANHO, PEGA-SE À GENTE.
 

CAI CADA TROMBA DE ÁGUA QUE NOS LEMBRAMOS DO JOÃO MARCELINO, QUANDO ESTÁ MAL DISPOSTO.
 

O COMER É TÃO DIFERENTE, À BASE DE GRELHADOS DE CARNES QUE NUNCA COMEMOS.
UMAS BOLOTAS DE CAJU ACOMPANHADAS DE UMAS BEJÉCAS, NÃO NOS FAZEM TANTOS GASES COMO OS AMENDOINS.
ANDAMOS SEMPRE A TOMAR BANHO, A NOSSA PELE ESTÁ A FICAR COM MENOS PELOS.
ENFIM ESTAMOS A GOSTAR.

OS NOIVOS FORAM NOUTRO JEEP E COM ESTE CALOR NÃO SE AGARRAM TANTO.

FICÁMOS DESEJOSAS DE CHEGAR AO HOTEL.
 
 
O NOSSO CU, PARECIA O DE UM MACACO.
BEIJINHOS